O cantinho da má lingua para quem gosta de remo



Dissertação mais aprofundada



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Ainda sobre o mesmo tema (Localização dos testes),uma opinião de um nosso leitor (dirigente?/treinador? (não temos a certeza da função)

"Vem muito a propósito a dissertação sobre a "esplêndida" pista do
Choupalinho para a realização de provas de Remo, sejam elas de fundo ou de
velocidade; testes ou regatas.
De uma vez por todas sejamos objectivos e racionais e façamos, então, o
balanço dos seus prós e contras:

Enumeremos as suas vantagens:

(1) É em plena Coimbra, cidade esplêndida; o que, à partida e partindo do
pressuposto que paralelamente existe um trabalho de divulgação confere
visibilidade ao Remo assim como o alojamento e refeições.
(2) É geograficamente razoavelmente equidistante tendo em conta a dispersão
territorial dos Clubes.

(como não encontramos mais pontos positivos, convidamos quem queira a
apresentar outros)


E agora as suas desvantagens:

(1) Ter corrente e, mais grave ainda, corrente desigual o que, desde logo,
não salvaguarda a verdade desportiva regulamentarmente estabelecida.
(2)Ter profundidade longitudinal desigual com as mesmas consequências do ponto
anterior.
(3) Ser imprevisível, durante o período chuvoso, o comportamento
dos caudais (Coimbra é oficialmente uma zona de cheias); de entre os locais
onde se poderiam realizar regatas ou testes de fundo, Coimbra e montante, a
par do Douro, é das zonas com maiores índices de pluviosidade média, sendo
que a Barragem da Aguieira é uma hidroeléctrica com reduzida capacidade de
"encaixe", considerando as características do caudal do rio Mondego.
(4)Está habitualmente pejada de dejectos (árvores, troncos e toda a espécie de
resíduos flutuantes de maior ou menor dimensão).
(5) É uma zona habitualmente ventosa a partir das 10:00/11:00, com ventos predominantes de Oeste e Sudoeste (lateral e contra).

Constata-se, portanto, que os prós são sobretudo razões de natureza
acessória, de mera operacionalidade. Os contra, em contrapartida, comportam
razões de natureza técnica e/ou desportiva. São estas, pensamos nós, que
devem prevalecer sobre aquelas. Muito especialmente quando se trata de
testes de aferição e eliminatórios em que se põe em causa o trabalho de
atletas, treinadores e clubes. De resto, pergunta-se: o que é que se
pretende aferir ou concluir sobre a qualidade dos remadores com vista ao
apuramento olímpico numa pista com aquelas características. Não fosse um
assunto sério que mexe com o trabalho dos atletas, diríamos que foi
caricato ver os remadores a descerem a corrente quase não conseguindo tirar
rendimento da remada e depois subir contra a corrente num esforço de todo
despropositado em termos desportivos. Mais ridículo ainda, foi ver os
remadores fazer autênticas gincanas entre os vários dejectos mais ou menos
flutuantes e logo mais ou menos visíveis, pondo em causa a preservação do
material e, mais grave, a segurança dos remadores, conforme
regulamentarmente e legalmente estabelecido. Naturalmente, os responsáveis
federativos dizem assumir a responsabilidade. Não é preciso dizê-lo, eles
são de facto responsáveis! Porém, porquê arriscar? As pessoas têm perfeita
consciência da gravidade dos seus actos? Onde acaba a negligência e começa
o dolo? Cada um que olhe para a sua consciência!

Então, que conclusões tirar? O que leva os responsáveis federativos a
escolher sistematicamente Coimbra para a realização de Testes e outros
locais com iguais ou piores condições (Gondomar, Melres, etc.) para
campeonatos de Fundo? Serão razões de natureza técnica e desportiva? Serão
razões que se prendem com a propagação e desenvolvimento da prática do Remo
no território nacional?

Quem já está nos meandros do Remo Nacional sabe as respostas. Alguns, por
conveniência ou pura hipocrisia, dirão que é no Norte que o Remo existe de
facto. Será a quantidade a medida para todas as coisas? Então e a
qualidade? Palavras para quê? Estamos em Portugal e pronto!

Meus senhores, as regatas de Remo devem fazer-se, preferencialmente, em
águas sem corrente (artº 28º CRN). Existem em Portugal dezenas de locais
onde isso é possível. Porque não se faz?

Dá-se um prémio a quem adivinhar as motivações desta lógica. Puxem pela
cabeça!

O argumento são os custos. Vamos fazer de conta que sim e vamos alegremente
destruindo o Remo, retirar-lhe dignidade e gozar o pagode. Os Zés, Manéis e
Jaquins instalados e agarrados que nem sangue-sugas aos poleiros vão
gozando à brava e, numa atitude autista e de extremo narcisismo vão-se
convencendo que são donos do Remo. O tempo dirá onde chegamos, se
chegarmos. E depois querem mais remadores. Devem estar a delirar!

Entretanto remem. Remem muito e com força, porque a corrente é forte
estamos todos condenados às galeras!"



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